Em junho, milhares de beneficiários do Bolsa Família podem enfrentar a perda do auxílio, uma situação alarmante para muitos brasileiros.
Na região de Piracicaba, por exemplo, 60% dos beneficiários não estão em dia com o acompanhamento de saúde exigido pelo programa, colocando em risco a continuidade do benefício.
Bolsa Família em risco! Quem pode perder o auxílio?
Dados recentes mostram que, nas 18 cidades cobertas pelo g1 Piracicaba, 72.497 beneficiários deveriam realizar o acompanhamento de saúde, mas apenas 28.910 (39,8%) cumpriram essa exigência.
A situação é ainda mais crítica entre as crianças: 80% delas não têm seus requisitos de saúde acompanhados pelos pais. Mombuca (SP) lidera com a melhor taxa de acompanhamento (66,19%), enquanto Iracemápolis apresenta o pior índice, com apenas 22,27%.
Os beneficiários podem ter o auxílio suspenso, bloqueado ou cancelado por diversas razões, todas elas relacionadas ao cumprimento das regras estabelecidas pelo governo federal. Durante a fiscalização, os dados cadastrais das famílias são rigorosamente verificados.
Suspensão do Bolsa Família: A suspensão é temporária, durando de 30 a 60 dias, e ocorre quando há um descumprimento menor das regras. Após esse período, o pagamento é liberado automaticamente, alertando os beneficiários a regularizar sua situação para evitar sanções mais graves.
Bloqueio do Bolsa Família: O bloqueio é uma medida mais rigorosa aplicada devido a inconsistências ou falta de atualização nas informações fornecidas. Os beneficiários têm até 60 dias para corrigir essas informações; caso contrário, o benefício pode ser cancelado.
Cancelamento do Bolsa Família: O cancelamento é definitivo e ocorre quando as irregularidades não são corrigidas dentro do prazo após o bloqueio, resultando na exclusão permanente do programa.
Principais motivos para a perda do Bolsa Família
- Irregularidades no Cadastro Único (CadÚnico): Dados desatualizados sobre renda, composição familiar ou endereço podem levar à suspensão ou bloqueio do benefício. Manter as informações atualizadas é crucial.
- Renda familiar acima do limite permitido: O Bolsa Família é destinado a famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza, com renda mensal per capita de até R$ 218. Se a renda ultrapassar esse limite, o benefício pode ser reduzido ou cancelado.
- Falta de frequência escolar: Crianças e adolescentes devem estar matriculados e ter uma frequência mínima de 75%. O não cumprimento pode resultar na suspensão do pagamento.
- Descumprimento do acompanhamento de saúde: Gestantes precisam realizar pré-natal e crianças devem manter a vacinação em dia e fazer consultas médicas regulares. A falha em cumprir essas exigências pode levar ao bloqueio ou cancelamento do benefício.
Como resolver?
Em caso de suspensão, bloqueio ou cancelamento, é essencial agir rapidamente. Identifique o motivo da interrupção através do aplicativo do Bolsa Família ou no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo.
Atualize todos os dados necessários, como comprovantes de renda, residência, cartões de vacinação e atestados de frequência escolar. Após a regularização, o benefício pode ser desbloqueado e, se resolvido a tempo, a família pode receber valores retroativos do período de bloqueio.
Seguir as orientações do programa é fundamental para garantir a continuidade do recebimento do Bolsa Família e assegurar a melhoria da qualidade de vida das famílias beneficiárias.
