Quando percebemos a ocorrência de uma protuberância abdominal, mesmo sem ter havido ganho de peso, provavelmente trata-se de estômago alto. Segundo o cirurgião plástico Vitor Nunes, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), isso nada mais é do que aquela saliência percebida acima do umbigo.
As causas, de acordo com o médico, são variadas, mas geralmente consistem em acúmulo de gordura na região; excesso de gordura visceral; afastamento dos músculos abdominais, também conhecido com diástase; frouxidão da parede muscular e, em alguns casos, é possível que a causa seja uma hérnia na região.
Nunes explica que, muitas vezes, o estômago alto pode ser causado apenas pelo acúmulo de gordura, mas é necessário que haja uma avaliação para se chegar a uma conclusão. “Para isso, o especialista faz a solicitação de exames como ultrassonografia da região, tomografia da região e bioimpedância, exame que define a composição corporal do paciente, que nos ajudam a definir a causa”, explica, em entrevista para o Terra.
Já quando se trata de diástase, o estômago alto se forma devido a um afastamento significativo dos músculos reto abdominais na linha média “da barriga”. É comum que o problema apareça por causa de grandes oscilações de peso, ou múltiplas gestações. Um exame físico e de imagem ajudam a chegar à causa com precisão.
Como se livrar do estômago alto?
Segundo o cirurgião plástico, se o estômago alto for causado por uma pequena diástase, ou gordura visceral, localizada na cavidade abdominal próxima de órgãos vitais, ou ainda se se tratar de gordura localizada, algumas mudanças na rotina podem ajudar a combater o problema.
“Praticar exercícios hipopressivos, eficientes para tonificar o abdômen, ou o LPF (Low Pressure Fitness) que também têm como foco contrair o abdômen são medidas eficazes. Além disso, dieta, atividade física e mudança do estilo de vida também contribuem para a eliminar o estômago alto”, indica Vitor.
Casos de cirurgia
Em casos mais significativos, a solução pode ser a realização de cirurgia. “Se a diástase abdominal for importante, ou aquela gordura localizada, insistir em ficar mesmo após exercício físico e dieta, geralmente é preciso então uma cirurgia para resolver. A correção pode ser feita cirurgicamente, unindo os músculos novamente. Complementamos com lipoaspiração da região para melhorar a sensação de estômago algo”, afirma o médico.
