Em face das constantes transformações nos programas sociais do Brasil, muitas famílias beneficiárias do Bolsa Família se perguntam sobre as implicações de eventos familiares, como o casamento de um filho, na continuidade do recebimento dos benefícios.
A resposta é afirmativa: famílias podem, de fato, continuar a receber o Bolsa Família, mesmo quando um dos filhos casa-se. No entanto, existem alguns pontos importantes que devem ser considerados.
Meu filho casou, continuo recebendo o Bolsa Família?
Primeiramente, é fundamental entender que, com a saída de um membro da família, especialmente se esse membro é um filho que contribuía para a contagem de dependentes, o valor do benefício pode ser ajustado.
Quando um jovem completa 18 anos e se casa, ele deixa de ser contado como dependente no núcleo familiar para fins de cálculo do benefício do Bolsa Família. Isso significa que, embora a família continue a receber o auxílio, o montante pode ser reduzido devido à mudança na composição familiar.
Por exemplo, benefícios específicos destinados a famílias com crianças e adolescentes, como o Benefício Variável Familiar (BVF), que paga R$50,00 adicionais por cada criança ou adolescente entre 7 a 17 anos, deixarão de ser contabilizados se o filho que se casou estava dentro dessa faixa etária.
Além disso, o programa garante um valor mínimo de R$600 por mês para todas as famílias inscritas, o que assegura uma base de suporte financeiro mesmo com a alteração no número de membros.
A elegibilidade para continuar recebendo o Bolsa Família, portanto, não é interrompida pelo casamento de um filho, mas os critérios de renda permanecem rigorosos e devem ser rigorosamente observados.
As famílias beneficiárias devem manter a renda mensal dentro dos limites estabelecidos pelo governo, que é de R$218 por pessoa para entrar na folha de pagamentos e garantir o recebimento integral do benefício.
Se a renda mensal subir para entre R$218,01 e R$660 por pessoa depois que a família já está no programa, o benefício é reduzido para 50% do valor total.
Além do critério de renda, as famílias devem continuar cumprindo com os compromissos de saúde e educação estabelecidos pelo programa.
Isso inclui garantir que todas as crianças e adolescentes estejam com a vacinação em dia e frequentando a escola, além de assegurar que as gestantes da família participem do acompanhamento pré-natal.
Benefício do Bolsa Família em Maio
Em maio, o Bolsa Família oferece diversos benefícios adaptados às necessidades específicas das famílias:
- Benefício de Renda de Cidadania (BRC): Paga R$142 por pessoa, em famílias com cinco membros ou mais, com um mínimo garantido de R$600 para famílias menores.
- Benefício Primeira Infância (BPI): Destina R$150,00 para famílias com crianças de 0 a 6 anos.
- Benefício Variável Familiar (BVF): Concede R$50,00 adicionais para cada criança ou adolescente entre 7 a 17 anos.
- Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN): Fornece R$50,00 para mulheres que estão amamentando.
Esses benefícios refletem o compromisso do Bolsa Família de apoiar as famílias em sua jornada para uma vida financeiramente estável e independente, ao mesmo tempo que garante que as necessidades básicas sejam atendidas durante esse processo.
Portanto, mesmo após mudanças significativas como o casamento de um filho, o Bolsa Família continua a ser uma rede vital de suporte para milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade.
