Nos bastidores do fenômeno televisivo “Big Brother Brasil 24” (BBB 24), uma batalha silenciosa está sendo travada entre os ex-participantes e a poderosa máquina da emissora Globo. Revelações exclusivas obtidas pela coluna do jornalista Gabriel Perline mostram duras condições contratuais impostas aos participantes, limitando severamente suas oportunidades de ganhos após o término do programa.
Antes mesmo de pisarem na famosa casa, os participantes já estão amarrados por um contrato que dita as regras do jogo fora dela. Uma cláusula draconiana proíbe qualquer atividade comercial que não envolva os patrocinadores do programa ou seja intermediada pela Globo.
Isso significa que mesmo após o término do contrato, os ex-BBBs estão restritos a campanhas publicitárias das 25 empresas que investiram na temporada, anulando quaisquer esperanças de acordos lucrativos com outras marcas.
Para os poucos que conseguem fechar negócios com os patrocinadores, a compensação financeira é padronizada: R$ 15 mil por até cinco postagens em redes sociais, incluindo colaborações. Essa quantia, embora pareça substancial para alguns, é uma pequena fração do potencial de ganhos de ex-participantes com milhões de seguidores e alto engajamento.
Fontes do mercado publicitário revelam que campanhas em seus perfis poderiam facilmente render mais de R$ 40 mil, especialmente considerando sua contínua exposição na mídia e, no caso de alguns, novas oportunidades profissionais.
O controle da Globo sobre as atividades comerciais dos ex-BBBs não se limita à negociação de contratos, mas se estende ao faturamento das campanhas publicitárias. A emissora, que atua como intermediária entre os anunciantes e os participantes, retém informações sobre os valores negociados, mantendo os ex-BBBs no escuro sobre o verdadeiro potencial de seus ganhos.
Essas restrições representam uma mudança drástica em relação às temporadas anteriores, onde os ex-participantes desfrutavam de maior liberdade para capitalizar sua fama pós-reality. Enquanto antes podiam explorar uma variedade de oportunidades comerciais, agora são forçados a deletar postagens de permutas e enfrentam obstáculos até mesmo para fechar contratos com marcas não concorrentes.
Fonte: iG Gente – Gabriel Perline
