À Prova de Ladrões: O aplicativo governamental que promete revolucionar a segurança de smartphones
Antes de mais nada o governo federal pretende inibir roubos de smartphones com o serviço Celular Seguro. Inicialmente, a ferramenta ajudará a bloquear o acesso de bandidos à linha telefônica e aos aplicativos de bancos, notificando terceiros sobre os crimes.
Contudo, a efetividade desejada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que visa tornar os aparelhos inúteis para os criminosos, exigirá a ampliação de parcerias, conforme apontam especialistas.
De antemão, ao ser lançado nesta terça-feira (19), o aplicativo e o site permitirão que vítimas de roubo ou furto de celular informem diversas instituições simultaneamente, contando com a colaboração da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e bancos como parceiros.
De acordo com informações do Ministério, especialistas entrevistados pelo g1 destacam aspectos positivos e desafios do serviço. A proposta envolve o cadastramento prévio, permitindo às vítimas registrar uma “ocorrência” no aplicativo em caso de roubo, furto ou perda do celular.
Resistência digital: desvendando os bastidores do celular seguro contra roubos e furtos
O alerta será enviado simultaneamente a operadoras de telefonia e bancos parceiros, agilizando o processo de comunicação com as instituições.
No entanto, não há garantia de bloqueio imediato, sendo mencionado um prazo de até 6 horas para encaminhar o pedido às operadoras e mais 1 dia útil para o bloqueio da linha.
Quanto à inutilização total dos aparelhos, essa meta enfrenta obstáculos, pois os principais desenvolvedores, Google (Android) e Apple (iOS), não estão entre os parceiros até o momento.
Especialistas, como Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks, expressam apoio à iniciativa, mas ressaltam a necessidade de incluir fabricantes de celular e desenvolvedores de sistemas no programa do governo.
Por fim o presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética, Hiago Kin, alerta para possíveis mal-entendidos e riscos de engenharia social, enfatizando a importância de evitar falhas de comunicação.
O Celular Seguro busca agilizar notificações sobre roubos, furtos e perdas de celulares por meio de parcerias entre o governo e instituições como Anatel, Febraban e instituições financeiras.
A expansão do programa, prevista para janeiro de 2024, incluirá operadoras de celular no bloqueio do chip e a adesão de empresas como iFood, Uber, 99, Mercado Livre e Nubank.
Em suma, segundo Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, a iniciativa visa impedir o uso de aplicativos pelos criminosos, desestimulando o interesse no delito e na receptação.
Diversas instituições, como Anatel, ABR Telecom, Febraban, e bancos como Banco do Brasil, Banco Inter, Bradesco, entre outros, colaboram no projeto, coordenando esforços para interromper o acesso aos aplicativos em caso de roubo.