EUA enviam militares para a Guiana enquanto ditadura de Maduro planeja referendo para anexar território repleto de petróleo
Os olhos do mundo se voltam para uma crise explosiva na América do Sul, com os EUA tomando medidas drásticas para proteger a Guiana de uma iminente investida venezuelana.
A ditadura de Nicolás Maduro pretende realizar um referendo no domingo, buscando legitimar a anexação de mais de dois terços do território guianense, uma região estratégica repleta de recursos petrolíferos.
O governo Joe Biden não ficou inerte diante da ameaça e enviou chefes do Comando Sul das Forças Armadas à Guiana para planejar e coordenar a defesa do país.
A tensão atinge seu ápice em uma semana crucial, marcada pelo referendo venezuelano que visa anexar a região do rio Essequibo, vital para ambas as nações.
As tropas venezuelanas já se mobilizaram na fronteira com a Guiana, chegando até a iniciar a construção de uma base aérea, mas parte delas retornou a Caracas no último fim de semana, deixando incertezas no ar.
Coincidência ou não, o respaldo militar dos EUA e do Reino Unido à Guiana, aliado à pressão diplomática do governo Lula, elevam a tensão na região.
Prevê-se um aumento significativo do contingente militar americano na Guiana ao longo de dezembro, sinalizando a seriedade com que os EUA encaram a ameaça venezuelana.
A área cobiçada pela Venezuela estende-se por 160 mil quilômetros quadrados até o mar, e é nela que a gigante americana ExxonMobil descobriu uma enorme reserva de petróleo, mapeando depósitos com aproximadamente 11 bilhões de barris.
O referendo, se bem-sucedido, permitiria à Venezuela apelar à Constituição e decretar um estado de defesa, possibilitando a mobilização de tropas. Atualmente, a proporção é alarmante: 500 soldados venezuelanos para cada militar guianense.
Sob um estado de defesa, Maduro poderia suspender a eleição presidencial prevista para o próximo ano, onde a oposição liderada por María Corina Machado desponta como favorita, segundo pesquisas.
Nesta terça-feira (28/11), o governo dos EUA fez um apelo diplomático à ditadura venezuelana, pedindo contenção, mas sem indicar claramente as consequências de uma negativa.
A embaixadora dos EUA na Guiana, Nicole Theriot, afirmou: “Apoiamos a soberania territorial da Guiana e pedimos à Venezuela que fizesse o mesmo.” Ao ser questionada sobre as possíveis consequências de uma recusa venezuelana, a embaixadora foi lacônica: “Cruzaremos essa ponte quando chegar o momento.”