Greve em SP não é por salário, mas contra privatizações: Entenda a paralisação
Greve em SP não é por salário, mas contra privatizações: Entenda a paralisação contra o Governo.
De antemão a greve que impactou as linhas do Metrô de SP e da CPTM nesta terça-feira (28) difere de outras iniciadas por funcionários públicos do transporte.
Em suma a paralização vai além da questão salarial ou benefícios trabalhistas. Contudo, é importante verificar quais linhas estão funcionando e como está o trânsito.
A manifestação é contra a privatização dos serviços de transporte e da Sabesp, empresa responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto.
Os sindicatos afirmam que a greve é um movimento político-trabalhista, argumentando que a privatização dos serviços resultará em perda de empregos. Por outro lado, o governo alega que se trata de uma manifestação exclusivamente política contra a atual gestão. No processo de privatização mais avançado, o da Sabesp, já em trâmite na Alesp, pode ir para votação no plenário ainda nesta terça.
Quanto à ampliação das concessões de linhas de Metrô e trem da CPTM à iniciativa privada, ainda estão em andamento estudos. Atualmente, duas das cinco linhas do Metrô (4-Amarela e 5-Lilás) operam sob regime de concessão.
Ademais, o governo busca privatizar a operação das demais linhas (1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata). Na CPTM, de sete linhas, duas já são privatizadas: 9-Esmeralda e 8-Diamante.
O que diz o sindicato?
Um documento assinado por diversos sindicatos e movimentos sociais, encaminhado ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), afirma que o ato “contra a tentativa de privatização da Sabesp, Metrô e CPTM” representa o povo paulista.
“pautas legítimas e de interesse do povo paulista”.
O sindicato dos Metroviários pede um plebiscito oficial sobre a privatização dos serviços públicos e sugere a suspensão da tramitação do projeto de lei sobre a Sabesp para possibilitar um debate público.
O que diz o Governo de SP?
O governador Tarcísio de Freitas considera a greve “ilegal e abusiva”, classificando-a como um ato “político e desarrazoado”.
Por fim ele afirma a que os estudos de privatização não serão interrompidos e reafirma que a privatização da Sabesp já é no próximo ano, sendo um “grande sucesso”.