Comer placenta faz bem para a mãe? Especialistas respondem e alertam sobre riscos
Comer placenta pode ser algo estranho mas ultimamente surgiu um mito no qual afirma que a ingestão da placenta trás benefícios para a mãe.
De antemão um grupo de ginecologistas obstetras afirmam que não há qualquer comprovação científica de que a ingestão da placenta traga benefícios. Em contrapartida eles alertam os riscos no ato.
Antes de mais nada pode se afirmar que o consumo deste órgão oferece perigo de transmissão de doenças.
A influenciadora Fernanda Lacerda, mais conhecida como “mendigata“, apareceu em um vídeo em uma rede social onde ela mesma estava comendo a placenta após o parto do seu filho.
No vídeo, ela afirmou que ingerir a placenta era benéfico para a produção de ferro, o combate à anemia e o aumento da produção de leite. No entanto, não existe nenhuma evidência científica que respalde esses benefícios. (Saiba mais a seguir.)
A placenta é um órgão que conecta a mãe e o bebê, facilitando a troca de nutrientes e protegendo a criança das substâncias eliminadas pelo corpo materno.
A prática de ingerir partes da placenta ou o órgão inteiro, conhecida como placentofagia, tornou-se uma tendência.
No entanto a popularização se deu após ser adotada por celebridades como as Kardashian e a atriz January Jones.
Além da ingestão “in natura,” algumas pessoas também transformam a placenta em cápsulas.
Mito ou verdade?
A motivação por trás dessa prática é a crença de que pode trazer benefícios para a saúde da mãe e do bebê. No entanto, de acordo com especialistas, não há evidências que corroborem essa crença.
Além disso, eles alertam sobre os riscos de transmissão de doenças.
Um estudo realizado analisou dez pesquisas recentes sobre o assunto e não encontrou qualquer evidência de que consumir a placenta proteja contra a depressão pós-parto e eduza a dor.
Além de aumente a energia e auxilia na amamentação, promova a elasticidade da pele, melhore o vínculo entre mãe e bebê, ou forneça ferro para a mãe.
Em suma, não há respaldo para o consumo de placenta.
Embora seja uma tendência popular, a placenta é um tecido que pode transmitir doenças, como alertam os especialistas, com um risco maior para mães com hepatite ou HIV, mas outras doenças infecciosas também podem ser transmitidas